Os últimos dois anos foram de desafios para o agronegócio. Afinal, a pandemia do coronavírus causou um impacto generalizado, que afetou a todos. Contudo, a covid-19 não foi capaz de parar o agro brasileiro, que cresceu frente a essas dificuldades e deve ficar melhor ainda em 2022.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o setor foi “o único a não apresentar redução em 2020”, no primeiro ano da pandemia. Já em 2021, a estimativa de crescimento do valor adicionado (VA) do setor agropecuário é de 1,2%, e essa projeção aumenta ainda mais em 2022: a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea prevê um crescimento do VA do setor agropecuário em 3,4%.
Ou seja: o agro brasileiro fez frente à crise do covid-19 e deve ficar ainda melhor em 2022. Mas, para isso, o setor precisa estar preparado para as novidades e desafios para o agronegócio que devem surgir durante o novo ano.
Por isso, preparamos esta previsão dos principais problemas ou oportunidades que podem surgir durante 2022. Tudo para ajudar sua gestão no agronegócio a se preparar para reduzir os custos, aumentar as vendas e o faturamento, e entrar no futuro com inteligência, eficiência e organização. Continue sua leitura e saiba mais.
O impacto do dólar em alta e do cenário fiscal brasileiro na gestão do agronegócio para 2022
Impacto da retomada econômica mundial no pós-pandemia: demanda aquecida no agronegócio para exportação
Alta nos insumos e nos custos de produção: desafio do agronegócio para 2022
Turbulência financeira no Brasil, queda nas vendas e riscos de inadimplência
Aquecimento global e crise energética: desafios de hoje, para garantir o amanhã no agronegócio
O risco da volta do coronavírus e da pandemia mundial
A tendência da tecnologia como solução para o futuro do agronegócio
O impacto do dólar em alta e do cenário fiscal brasileiro na gestão do agronegócio para 2022
Um dos motivos para o agronegócio crescer, mesmo em um cenário de pandemia, é que sua principal função é alimentar as pessoas, e sempre há demanda por alimentos. No entanto, isso não quer dizer que o setor seja imune aos problemas do país.
Pelo contrário, há uma questão financeira que impacta diretamente o sucesso do agronegócio: o câmbio do dólar. Afinal, a moeda dos Estados Unidos é a principal baliza para o comércio internacional, e o agro se envolve muito com esse ambiente para florescer.
Em primeiro lugar, produtores agrícolas dependem de insumos, cujo preço se baseia na moeda norte-americana. Assim, sua produção vai ficar mais cara se o valor do dólar estiver alto.
Depois disso, o produtor também precisa se preocupar com suas vendas. Muitos empreendedores do agro brasileiro vendem seus produtos para o mercado internacional, recebendo em dólar. Nessa situação, suas finanças saem ganhando com a alta do dólar.
Dessa forma, o cenário fiscal brasileiro atual, com o real desvalorizado, tende a ser vantajoso para a exportação, ao mesmo tempo em que é prejudicial para a produção agropecuária e, principalmente, para quem comercializa apenas internamente.
Contudo, é possível haver um certo equilíbrio entre ganhos e perdas, mas para aproveitar ao máximo as oportunidades e superar os desafios, o empreendedor precisa controlar seu fluxo de caixa com muito cuidado.
- Essa recomendação continua durante 2022, principalmente por ser um ano de eleições, o que deve afetar o cenário fiscal brasileiro.
De acordo com o estudo Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro, do Rabobank (banco internacional com foco em alimentação e agronegócios), a moeda dos EUA deve manter uma média de R$ 5,61 em 2022, continuando com a desvalorização do real.
Portanto, é importante levar isso em conta para o planejamento e para a tomada de decisões em 2022.
Impacto da retomada econômica mundial no pós-pandemia: demanda aquecida no agronegócio para exportação
O estudo Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro, do Rabobank, também prevê que 2022 vai ser um ano de preços atrativos para as principais commodities agrícolas. Afinal, com o esfriamento da pandemia, o mercado internacional volta a aquecer e a exportação vai sair ganhando.
Além disso, também é preciso considerar que os estoques internacionais continuam limitados. Isso também tende a reforçar a compra de commodities brasileiras. Sem falar que a China já está retomando a compra de carne bovina brasileira, o que deve movimentar muito nosso mercado agropecuário em 2022.
Tudo isso também se beneficia da desvalorização do real, afinal, quem está exportando, recebe em moeda estrangeira. No entanto, esse cenário também é prejudicial, levando a custos de produção muito mais altos.
Alta nos insumos e nos custos de produção: desafio do agronegócio para 2022
Ainda que a alta do dólar seja interessante para a exportação, ela cria um fantasma muito preocupante para empreendedores agrícolas: os altos custos de produção no agronegócio. E esse problema só piora com a instabilidade financeira e política do Brasil.
Afinal, segundo dados do projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), houve um verdadeiro salto nos preços de produtos entre janeiro e setembro de 2021.
Só o cloreto de potássio, que é um fertilizante muito importante na agricultura, subiu 152,6%. O herbicida glifosato, por sua vez, aumentou 126,8%. Sem falar nos custos de combustível, que prejudicam toda a logística de plantio, colheita e transporte.
O aumento no valor da energia elétrica tem sido outro problema para o agronegócio, criando crises em vários elos da cadeia produtiva.
Isso tudo gera uma das principais demandas para o novo ano: trabalhar a gestão de custos com eficiência e organização. Sem essa gestão inteligente, fica quase impossível continuar lucrando com investimentos no agro.
Turbulência financeira no Brasil, queda nas vendas e riscos de inadimplência
Se por um lado temos um reaquecimento do mercado internacional, por outro, temos a instabilidade financeira no Brasil, que prejudica as vendas no mercado interno.
Ainda que continue sendo uma opção muito válida para empreendedores do agronegócio, pelos custos reduzidos e pela maior participação no mercado do país, a venda no Brasil precisa ser trabalhada com maior eficiência e organização.
Lembre-se: a primeira função do agro ainda é a alimentação, mas é preciso ter inteligência nesse processo para manter seu negócio funcionando.
E isso envolve também o trabalho para evitar a inadimplência. A insegurança financeira tem aumentado a quantidade de calotes, tanto no país quanto no exterior. Por isso, busque trabalhar suas vendas e revendas com mais cuidado.
Aquecimento global e crise energética: desafios de hoje, para garantir o amanhã no agronegócio
O agronegócio também enfrenta um inimigo muito sério, capaz de causar danos permanentes e até inviabilizar o futuro de muitos produtores: o aquecimento global.
As mudanças climáticas já são uma realidade e podem ser vistas facilmente no agronegócio. O regime das chuvas está cada vez mais imprevisível. Estamos enfrentando tempos de seca muito grandes em alguns lugares, enquanto outros lidam com enchentes, chuvas torrenciais e tempestades ocasionais, que não costumavam ser um problema sério no Brasil.
Também temos visto uma mudança grande nas estações. O equilíbrio do calor e do frio, que é tão importante para tantas culturas, vem mudando, com prejuízos sérios e preocupantes.
Vimos, nestes últimos anos, períodos de frio curtos, mas muito rigorosos, acompanhados por épocas de calor forte, com recordes de temperatura.
Sem o devido cuidado, isso pode inviabilizar o agronegócio. E o trabalho precisa começar o quanto antes! Afinal, um dos principais causadores do problema é o próprio agronegócio, quando feito sem o cuidado devido.
Desmatamento, queimadas, emissão de gases do efeito estufa: tudo isso está piorando a situação e criando um ambiente menos propício para a agropecuária.
Sem falar que as mudanças climáticas vêm acompanhadas de uma séria crise energética. Com menos chuvas, as usinas hidrelétricas geram menos energia, ao mesmo tempo em que enfrentamos escassez de carvão, alta nos preços de petróleo e gás natural, entre tantos outros problemas.
Esse desafio não é uma novidade, mas vem crescendo com intensidade nos últimos anos. Nesse contexto, 2022 pode ser um momento de virada, com um agronegócio mais sustentável, que vai garantir a sobrevivência do setor, mas também pode ser um ano de aprofundamento da crise.
O risco da volta do coronavírus e da pandemia mundial
Com a falta de vacinação adequada no mundo todo, o final de 2021 marcou o surgimento de novas variantes do coronavírus e o crescimento do medo da pandemia.
Ainda é difícil prever como será a situação nos próximos meses, mas é fundamental preparar-se para o impacto que o retorno da pandemia pode causar no agronegócio.
A sugestão, então, é manter-se informado sobre o assunto, ter reservas de segurança e evitar fake news, que podem acabar gerando prejuízo no agro.
A tendência da tecnologia como solução para o futuro do agronegócio
A tecnologia já está presente no agro há anos, mas a expectativa é que ela conquiste ainda mais espaço. Assim, os empreendedores que estiverem acompanhando essa novidade do agronegócio vão sair na frente em 2022.
As vantagens da tecnologia no agronegócio são muitas. É possível contar com máquinas modernas para plantio, cultivo e colheita, além de sensores, drones, mapeamento digital e muito mais: tudo aplicado na gestão da plantação ou do rebanho, por exemplo.
Sem falar que as inovações na área de Inteligência Artificial oferecem ao produtor a possibilidade de analisar seu negócio com muito mais precisão e detalhes, podendo ter um controle completo em suas mãos.
Além disso, a tecnologia cria soluções para superar os principais desafios do agronegócio. Com inteligência na gestão, é possível diminuir o gasto com insumos na produção e reduzir o consumo de combustível, com uma gestão de frotas eficiente.
As inovações permitem também trabalhar de forma mais sustentável, sem perdas financeiras.
Por fim, com um sistema de gestão para o agronegócio, fica possível reduzir a inadimplência e gerir todos os processos com inteligência, criando um caminho muito mais promissor para 2022, aproveitando ao máximo as oportunidades e superando os desafios.
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