Uma das principais dúvidas dos cerealistas com toda certeza é em relação ao armazenamento de grãos ou sua comercialização.
Afinal, cerca de 15% da produção inteira acaba sendo perdida devido ao armazenamento inadequado dos grãos. Sendo assim, insetos, pragas, fungos, micotoxinas e ataques de roedores são os problemas mais comuns que os cerealistas podem encontrar.
Dessa forma, uma decisão forte precisa ser tomada para não afetar a lucratividade:
Correr o risco ou vender meus grãos logo após a colheita?
Portanto, para responder a esta pergunta decidimos separar as melhores estratégias de comercialização e os principais cuidados para o armazenamento de grãos a serem tomados. Aproveite a leitura!
O que é o armazenamento de grãos?
Quais cuidados podem ser tomados pelo armazenador de grãos para evitar perdas?
Principais vantagens de um armazenamento de grãos de sucesso
Estratégias de venda e comercialização de grãos no mercado agrícola
Utilize um software de gestão agrícola
O que é armazenamento de grãos?
O armazenamento de grãos e a conservação das sementes são um processo de grande importância para o sucesso de sua lavoura. Sendo assim, o armazenamento é de tanta necessidade quanto a própria produção.
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Portanto, a armazenagem de grãos é uma técnica que consiste em preservar grãos e proteger suas características desde o período de colheita até o momento de distribuição.
Dessa maneira, esse processo requer uma série de cuidados e procedimentos, incluindo:
- Higienização
- Secagem
- Defensivo agrícola
- Carregamento
- Distribuição
- Entre outros
Sendo assim, armazenar os grãos com segurança, ou seja, manter a proteção contra fatores externos que possam danificar sua integridade é também preservar todos os investimentos feitos ao longo da safra.
Alguns produtores optam por guardar parte da produção para comercializá-la futuramente, porém, os períodos dessa guarda podem variar de mais curtos até mais longos.
Para ambas as opções, é possível contar com diferentes tipos de armazenagem e cuidados, além é claro de ferramentas digitais que elevam muito mais suas chances de sucesso.
Já em relação à situação do armazenamento de grãos em território nacional, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) resultou que a capacidade de armazenamento de produtos agrícolas chegou a 183,3 milhões de toneladas no segundo semestre de 2021. Não é à toa que o Brasil é considerado o celeiro do mundo.
Onde pode ser feita a armazenagem de grãos?
É possível armazenar grãos de diferentes formas no mercado atual, incluindo silos:
- Silos metálicos
- Silo de concreto
- Silo de espera
- Silo secador
- Silo de expedição
- Silo armazenador
- Silos bag
- Silos-bolsa
- Armazém graneleiro
Porém, para escolher o tipo de estrutura a ser utilizada para realizar o armazenamento, o produtor deve avaliar muitos pontos, como o custo-benefício, o tempo que pretende deixar sua produção armazenada, os riscos de guardar seu produto em cada meio de armazenagem, etc.
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Quais cuidados podem ser tomados pelo armazenador de grãos para evitar perdas?
Como você já sabe, muitos cuidados devem ser tomados para evitar perdas qualitativas e quantitativas ao longo do processo de armazenamento de grãos.
Confira as principais práticas que sua lavoura pode adotar para manter a qualidade do grão ao longo do processo de armazenamento.
Prepare o silo para começar o armazenamento de grãos
Antes mesmo de realizar a colheita é de grande importância realizar a preparação dos silos. Sendo assim, eles precisam estar completamente limpos e devidamente prontos para receber os grãos.
Além disso, também é importante realizar a verificação em busca de qualquer resquício da produção anterior ou de insetos no local.
Limpe e seque os grãos recém-colhidos
Após realizar a colheita, mas antes de armazenar os grãos, é necessário limpar as sementes colhidas e deixá-las livres de impurezas, restos culturais de doenças, etc. Um exemplo disso é evitar e separar os grãos ardidos do milho, o que representa a podridão nas espigas.
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Além disso, a secagem dos grãos também é necessária, principalmente para colheitas que tenham sido realizadas com um percentual de umidade elevada. Entre as principais recomendações podemos destacar que o ideal para a umidade do milho é de 12% enquanto para a soja é de 11%.
Esses cuidados ajudam a evitar doenças, além é claro da perda qualitativa dos grãos durante a estocagem, impactando diretamente no volume de grãos e em seu preço de vendas.
Priorize a aeração interna no armazenamento de grãos
Após armazenar seus grãos, eles devem receber uma eficiente aeração para o resfriamento e uniformização da umidade.
Sendo assim, é possível compreender a aeração de grãos armazenados como o procedimento que procura promover a passagem de baixa vazão de ar natural ou resfriado. Para isso, são utilizados ventiladores para realizar a movimentação do ar por meio da massa granular.
Portanto, a aeração consegue:
- Baixar e uniformizar a temperatura dos grãos armazenados
- Prevenir a migração de umidade no armazenamento
- Viabilizar a secagem ou umedecimento dos grãos
Além disso, os exaustores também são responsáveis por capturar as partículas da poeira agrícola em suspensão — que costumam surgir normalmente dentro do próprio silo de armazenamento — antes que elas se disseminem e ocorra risco de acidentes.
Cuide a temperatura interna do silo durante o armazenamento
Ainda dentro dos pontos de atenção e cuidado, a temperatura do silo é algo essencial para manter a qualidade dos grãos. Portanto, realizar seu controle é fundamental para impedir que o produto não sofra uma rápida deterioração.
Sendo assim, investir em termometria é fundamental, já que por meio de dispositivos termoelétricos específicos, ela permite obter valores de temperatura da massa de grãos armazenada, seja nos silos ou nos armazéns graneleiros.
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Esses dispositivos são responsáveis por realizar leituras em diferentes alturas e regiões do interior da massa de grãos, sempre de forma rápida e exata. Portanto, quando há detecção de focos de aquecimento, eles são importantes indicativos de possíveis aparecimentos de pragas ou de degradação dos grãos.
Realize um controle de pragas eficiente
Assim como na lavoura, os grãos armazenados também estão sujeitos ao ataque de diversos microrganismos, pássaros, insetos e roedores que podem causar sérios problemas qualitativos e quantitativos nas sementes.
Portanto, é preciso dar atenção para esses invasores, já que tomar todos os cuidados para o armazenamento de grãos não leva a nada se eles forem atacados durante a armazenagem.
Sendo assim, para evitar problemas com praga, procure:
- Limpar instalações
- Manter o local fechado com frestas e aberturas vedadas
- Promover a limpeza dos grãos
- Fazer a secagem dos grãos
Acompanhe regularmente o armazenamento de grãos
Após realizar tudo isso, é a hora de manter um cronograma de controle de armazenamento. Cheque todos os passos ao longo do período em que os grãos estarão armazenados para garantir todos os cuidados necessários para a perda mínima em sua safra.
Principais vantagens de um armazenamento de grãos de sucesso
Se todos os cuidados forem tomados adequadamente, é possível alcançar vantagens além da diminuição das perdas quantitativas e qualitativas que ocorrem no campo, entre elas:
- Economia no transporte: os fretes alcançam seu preço máximo no “pico da safra”. Assim, quando o transporte for necessário, terá seu custo reduzido, devido a eliminação das impurezas e do excesso de umidade por secagem.
- Rendimento na colheita: aumento no rendimento por evitar a espera dos caminhões nas filas pelas unidades coletoras ou intermediárias.
- Qualidade do produto: melhora da qualidade já que evita-se o processo inadequado.
- Financiamento: é possível obter financiamentos por meio das linhas de crédito específicas para pré-comercialização.
- Disponibilidade: o produto fica disponível para ser utilizado em situações ou momentos oportunos para a lavoura.
- Redução da dependência: diminui a dependência do suprimento de produtos de outros locais.
- Barganha: aumenta-se o poder de barganha dos produtores em época de comercialização de seus produtos.
Estratégias de venda e comercialização de grãos no mercado agrícola
Pensar em “correr e vender a safra” cada vez que o preço de venda de grãos aumenta no mercado internacional sempre parece ser a melhor saída para muitos produtores. Porém, será que é mesmo?
Bom, em casos bem específicos até pode ser uma saída interessante, porém, para conseguir ter a melhor comercialização dos grãos é preciso ter cautela e planejamento.
Ambos são importantes, pois ajudam os produtores a entenderem quais são os fatores que afetam a variaçã,o dos preços dos grãos. Que podem ser econômicos pela oscilação da bolsa de valores, mercado internacional, condições climáticas ou até mesmo preço dos insumos.
Portanto, não tenha pressa e planeje-se. É preciso entender quais são os diferentes mecanismos de comercialização das commodities agrícolas, para que assim possa traçar estratégias que o ajudem a se proteger das oscilações do mercado, permitindo um lucro muito maior no momento de venda dos grãos.
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Para que você possa realizar a venda de grãos da forma mais rentável possível, o produtor precisa de uma diversidade enorme de mecanismos de comercialização.
Venda a fixar
Aqui é necessário que o comprador realize a antecipação do pagamento, porém, os juros são descontados até a entrega dos grãos. A remuneração do produtor rural é a diferença entre o valor antecipado e os juros aplicados.
Portanto, para os produtores rurais essa modalidade não é muito indicada, visto que não oferece muito lucro.
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Mercado à vista de commodities
Esse mercado de commodities é caracterizado pela negociação de determinado produto com a realização do pagamento à vista. Portanto, com o pagamento realizado assim que a negociação é fechada.
Porém, quando a compra é realizada à vista, tanto o produtor quanto o negociador estão sujeitos aos preços vigentes no momento das negociações. Por conta disso, esse tipo de negociação pode tanto ser boa como ruim.
Mercado futuro de commodities agrícolas
Aqui o produtor e o negociador acertam o valor da commodity, com entrega e pagamento de uma data futura, antes mesmo de colher a produção de grãos.
Sendo assim, os contratos futuros permitem posições compradas e vendidas, funcionando como uma espécie de contrato de compra e venda.
Ao utilizar essa estratégia, o agricultor “bloqueia” as variações no preço das commodities, reduzindo os riscos diante das possíveis variações financeiras no valor de mercado do produto.
Relações de troca (Barter)
As relações de barter (permutar), são conhecidas como instrumentos do mercado de commodities agrícolas, principalmente por levar benefícios não apenas para quem está negociando a venda de insumos, como também para quem está adquirindo, sendo assim os agropecuaristas.
Essas operações, funcionam como uma espécie de negociação, em que antes mesmo de realizar a colheita da safra, o agricultor usa os insumos necessários para o plantio, porém, que efetue o pagamento apenas após a colheita.
Resumindo, o pagamento dos insumos utilizados é feito com a produção de determinado produto, o que não envolve dinheiro.
Comercialização por meio de cooperativas
Uma das estratégias mais seguras, possibilita o produtor cooperar no desenvolvimento de um negócio integrado, facilitando ainda mais o planejamento de sua lavoura.
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Assim, algumas vantagens são sobrepostas, principalmente no custo da compra de insumos e na possibilidade de ter silos à disposição do cooperado. Porém, o agricultor tem uma menor liberdade de escolha entre seus compradores e fornecedores, estando sujeito às regras da cooperativa.
Utilize um software de gestão agrícola
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